sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Vítimas do marketing.

   O poeta italiano Dante Alighieri deveria ter dedicado um círculo do inferno só para pessoas que não sabem adequar o pret-à–porter à sua realidade física. A moda hoje, por ser produzida em escala industrial, virou um padrão de estilo moldado para corpos-padrão, que não correspondem à variedade dos tipos físicos que a gente encontra por aí.
   Nem sempre foi assim. Quando a roupa era feita por costureiras e alfaiates, os modelos eram copiados de revistas, porém modelados no corpo das pessoas. Havia moda, é claro. Mas em seu resultado final as roupas eram parecidas, não iguais: estavam na medida do corpo do usuário.
   Nada de sobrar aquele pneuzinho deselegante entre o cós do jeans e a camiseta, nem as pernas brancas e peludas entre o calção e o mocassim. Quem freqüenta churrascarias de São Paulo, aos domingos, sabe o quanto uma visão dessas pode ser indigesta.
   Tudo bem que a nossa sociedade valoriza o estilo jovem, mas homens adultos que se vestem como adolescentes deveriam ser condenados a ter todos os pêlos arrancados com pinça. Porque, meus caros, como diz o grande, insubstituível e divino Paco Rabane, "em matéria de elegância, o pecado mais imperdoável é andar na moda".

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